As pedras e a casa : Os indivíduos e a sociedade.

 



   Aristóteles, um filósofo grego, propôs uma relação entre as pedras e a casa, na qual ele demonstra que muitos elementos individuais podem formar uma unidade maior, que são indissociáveis aos serem analisados. 

  " Não se pode compreender a estrutura da casa inteira pela contemplação isolada de cada uma das pedras que a compõem. Tampouco se pode compreendê-la pensando na casa como uma unidade somatória, uma acumulação de pedras" ( NORBERT, 1939, p.14)

  E assim essa analogia pode ser incorporada à reflexão sobre como o autor Norbert Elias compreende indivíduo e sociedade. Pois cada material ou sistema que se usa para a construção da casa/ sociedade faz parte de um todo. 

 Então, não seria possível dissociar o indivíduo da sociedade e vice-versa. Mesmo que psicologicamente seja difícil fazer essa relação de fato, que a sociedade e o indivíduo são praticamente perspectivas da mesma instância. 

 Nesse contexto, tudo emerge já na formação sócio-histórica que determina os rumos da sociedade. Ou seja, os indivíduos pré determinam essa formação.

 Assim, surge a sociedade dos indivíduos, em que as pessoas são diferentes ao nascerem, mas em seu crescimento as suas relações sociais influenciam nos seus instintos e consciência.

 E quando ocorre um novo processo de individualidade, no qual as " pedras" podem ser diferentes umas das outras, continuam sendo dependentes do meio que nasceram e conviveram. 

 Portanto, para Elias esse “processo de individualização” depende da evolução histórica do padrão social e da estrutura das relações humanas do momento. 

 O indivíduos constroem uma interdependência, assim como uma casa, provavelmente uma casa vai ser diferente da outra, um grupo diferente do outro, mas sempre interligados. 



Link para o texto de Norbert Elias:

Sociedade dos indivíduos - Norbert Elias

Link para vídeo de uma biografia: 

Quem é Norbert Elias


Bibliografia


NORBERT, Elias. A Sociedade dos Indivíduos (1939) In: A Sociedade dos Indivíduos. Rio de Janeiro: Zahar, 1994 (tópico I e II), p. 12 a 26 do pdf.




Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas